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Bombardeio da Faixa de Gaza por Israel em 2022

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Operação Amanhecer
Conflito israelo-palestino

Assassinato seletivo de Tayseer Jabari, comandante do Movimento da Jihad Islâmica na Palestina
Data 5 de agosto7 de agosto de 2022
Local Faixa de Gaza e Cisjordânia
Desfecho Cessar-fogo firmado
Beligerantes
 Israel Movimento da Jihad Islâmica na Palestina (PIJ)
Comandantes
Israel Yair Lapid
Israel Benny Gantz
Israel Aviv Kochavi
Ziyad al-Nakhalah
Tayseer Jabari 
Khaled Mansour 
Baixas
2 soldados feridos,[1] 39 civis feridos[2] 49 palestinos mortos (incluindo 17 crianças), 350 civis feridos[3]

A Operação Amanhecer foi um ataque aéreo pelas Forças de Defesa de Israel no dia 5 de agosto de 2022 na Faixa de Gaza, alegando ser um ataque preventivo contra supostos planos do grupo militante palestino, Jihad Islâmica, para ataques de misseis contra cidades israelenses. Os bombardeios continuam no dia 7. Israel alertou que a operação poderia durar uma semana.[4][5][6][7] O ataque atingiu partes dos bairros de al-Remal, Khan Younis, Rafah e al-Shuja’iya. Grupos palestinos responderam ao ataque com mísseis durante a noite.[7] Pelo menos 31 pessoas foram mortas nas primeiras 24 horas de operação, com outras 260 sendo feridas.[4][6] O bombardeio aconteceu após uma escalada de tensões, com a detenção por parte das autoridades Israelenses da liderança palestina Bassam al-Saadi, como também do fechamento de fronteiras importante para a economia palestina e o impedimento do transporte de combustível para Gaza, reduzindo a já vulnerável disponibilidade de energia.[4][7]

A Cisjordânia também testemunhou um aumento no número de ataques por parte de colonos israelenses e soldados, como também demolições de casas e detenção de palestinos.[8]

A motivação dos bombardeios foi atribuída ao clima de véspera eleitoral em Israel e a tentativa da coalização governante de se mostrar mais dura diante da possibilidade de retorno do Likud ao poder.[8] A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou as mortes e emitiu um aviso sobre o perigo de escalada do conflito, principalmente diante da escassez de recursos humanitários que podem ser requeridos, já esgotados por outros conflitos.[9] O coordenador do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSC), John Kirby, defendeu o bombardeio israelenses, e chamou por uma desescalada do conflito. A Turquia condenou os ataques, enquadrando-os como "inaceitáveis". O Egito, tradicional mediador do conflito israelo-palestino, declarou que estava trabalhando por um consenso pelo fim do conflito.[9]

Além dos bombardeios, Israel prendeu dezenove integrantes da Jihad Islâmica na Cisjordânia. Os israelenses não atacacaram alvos do Hamas, maior grupo militante da região, possivelmente para evitar uma escalada da violência.[10]

Referências

  1. Osmo, Liad; Tzuri, Matan; Zitun, Yoav (6 de agosto de 2022). «Sderot home sustains direct hit as rocket barrages from Gaza continue». Ynetnews. Consultado em 6 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 6 de agosto de 2022 
  2. «Hospital in south treated 60 for injuries from running to shelter or for anxiety amid Gaza fighting». www.timesofisrael.com 
  3. «Israel-Gaza: Palestinian girl dies from wounds sustained in bombing». Middle East Eye. Consultado em 11 de agosto de 2022 
  4. a b c «Israel's assault on Gaza: What we know so far». Al Jazeera. 7 de agosto de 2022. Consultado em 7 de agosto de 2022 
  5. «Air strikes, rocket attacks push Israel, Gaza into second day of fighting» (6 de agosto de 2022). Reuters. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  6. a b «Israel bombs Gaza Strip for second day in 'pre-emptive operation'». The Guardian. 6 de agosto de 2022. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  7. a b c «Israel hits Gaza with air attacks as tensions escalate». Al Jazeera. 6 de agosto de 2022. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  8. a b «'No appetite for war': Palestinians fear new Israeli offensive». Al Jazeera. 6 de agosto de 2022. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  9. a b «'Restraint and common sense': Reaction to Israel's Gaza attack». Al Jazeera. 5 de agosto de 2022. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  10. «Novos ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza aumentam a tensão no Oriente Médio». G1. Consultado em 15 de agosto de 2022